Edésio Santos termina com show dos Novos Baianos e retoma o brilho do festival

Por Raphael Leal/SECETLA


Após uma semana de efervescência e encontros culturais em Juazeiro, a 13ª edição do Festival Nacional Edésio Santos da Canção terminou neste domingo (29), quando as 10 músicas classificadas para a grande final se apresentaram no palco de arena do Centro de Cultura João Gilberto. A música vencedora foi “Anita - Heroína de dois mundos”, autoria do compositor mineiro Carlos Gomes e interpretada pela também mineira Ivânia Catarina. O evento, promovido pela Prefeitura de Juazeiro, mediante Secretaria de Cultura, Esportes, Turismo e Lazer, homenageou os 40 anos dos Novos Baianos, que encerraram a noite com um show.


Durante três dias, 20 artistas se apresentaram no Festival. Na sexta (27) e sábado (28), 10 músicas foram executadas a cada dia, sendo que cinco eram escolhidas para a grande final. No domingo (29), com a presença de uma platéia que lotou o Centro de Cultura João Gilberto, músicas de altíssimo nível encantaram público presente. Os dias de Festival ficou marcado pelo intercâmbio cultural. Artistas de várias regiões do país mostraram seus trabalhos de variados estilos musicais.


Muitos artistas da cidade compareceram ao evento. Um deles é o ator, escritor e professor de história da arte Dujandir Borges, que parabenizou a coordenação do evento e falou da importância do realização de festivais e de outros eventos culturais na cidade.”Foi um Festival muito bom. É importante que se faça eventos organizados e com a estrutura que a arte e a cultura merecem. Juazeiro precisa de eventos como esse”, destacou Borges.


Presente na festa, o prefeito Isaac Carvalho destacou sobre a importância de potencializar as festas da cidade, que fomenta a cultura e o turismo. “O festival é um sucesso. A cidade ganha em cultura, valorizando artistas locais e fazendo com os artistas de outras regiões cheguem aqui. Diante disso, temos que pensar também no turismo, já que o Festival voltou a ser um evento da cidade de Juazeiro”. O secretário de Cultura do Município fez uma breve avaliação sobre o evento. “Este ano inovamos na premiação, com um valor justo e legítimo, inserimos uma programação integrada com shows na orla da cidade, oficinas de música. A nossa pretensão é fazer com que as formações artisticas tornem-se numa ação de governo perene. O Festival Edésio Santos é um pontapé. Para o ano que vem buscaremos melhorar ainda mais o evento”, disse Pedro Alcântara Filho. O vencedor deste ano levou R$ 10 mil, a segunda colocada R$8 mil e o terceiro R$ 6 mil. A melhor intérprete ficou com R$ 4 mil.


A música vencedora da 13ª edição do Festival Edésio Santos da Canção foi “Anita Heroína de Dois Mundos” do casal de artistas mineiro Carlos Gomes e Ivânia Catarina, que também venceu como a melhor intérprete. Ela se mostrou surpresa pela vitória. “Eu não tinha uma expectativa tão alta, pois música inédita a gente não tem noção de como vai chegar nas pessoas. Mas o resultado me deixa numa felicidade em dobro. Eu fiquei muito satisfeita com a reação do público”, declarou. Ela completa falando sobre as trocas culturais que o festival proporcionou. “Eu espero ter contribuído para a cultura de Juazeiro, que está de parabéns pelo evento”, finalizou.


O autor da música falou das oportunidades que os festivais oferecem aos artistas. “A primeira oportunidade que o artista tem é que, independente de resultado, ele pode conhecer mais do Brasil, mais sobre cultura, pessoas”, disse Carlos Gomes. O compositor ainda ressaltou sobre o objetivo de participar de festivais. “é claro que todos querem ganhar o prêmio, mas não é o essencial. È importante o intercâmbio Cultural, as trocas de informações e aqui foi um lugar que estabelecemos muitos contatos. Gostei muito do evento, da organização, da banda base. Vir para Juazeiro consolida a nossa impressão que o baiano é o povo mais cortês”, declarou um sorridente Carlos Gomes. As outras canções premiadas foram “Cantiga do Vento”, de Rafaela Melo da cidade baiana de Rui Barbosa e “Entranhas do Meu Ser”, de Keréto, artista de Santo Antônio de Jesus, localizada no recôncavo baiano.


Após as apresentações das músicas, o show de encerramento ficou por conta do poeta juazeirense Luiz Galvão, fundador do grupo Os Novos Baianos, surgido no final da década de 1970 e que teve o álbum “Acabou Chorare” eleito pela revista Roling Stone Brasil como o melhor de todos os tempos. Galvão veio acompanhado de dois colegas dos Novos Baianos, Paulinho Boca de Cantor e Baby do Brasil e falou da satisfação de ser homenageado pela sua cidade. “Estou muito feliz pela homenagem. Juazeiro é poesia, é cultura e parece que agora nós vamos valorizar o que é nosso”, declarou Galvão. Baby do Brasil falou um pouco sobre o retorno a Juazeiro após 20 anos de ausência. “A gente fica muito gratificada em receber uma homenagem como esta. Voltar a cidade do nosso poeta Galvão e poder participar de um festival, bem organizado, com belíssimas músicas. A cidade de Juazeiro proporcionou para nós um encontro e preserva a memória dos Novos Baianos. Parabéns a organização do evento, um abraço para toda Juazeiro”, finalizou Baby.

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