Festa do beijo pede cautela

Com algumas horas de festa, as pessoas ficam mais soltas, e no calor da música acabam fazendo coisas que depois podem se arrepender

O Carnaval de Salvador é só alegria. Nos circuitos da folia, é possível encontrar muita música, gente bonita, bebidas alcoólicas e sedução. Nesse período, pelas ruas da capital, aumenta e muito o número de beijos na boca.

A ação de encostar os lábios nos lábios de outra pessoa surgiu na França, em 1920, e aos poucos foi sendo aprimorada. Com o tempo, foram surgindo variações e nomes diferentes para a troca de carinho. Escondidinho, roda gigante, aspirador de pó são alguns “apelidos”. No quesito variações: a língua desaparece; o casal fica virando a cabeça em alta velocidade, ou podem imitar um esquimó, ou seja, ficam esfregando um nariz no outro.

Apesar de ser prazerosa e divertida, a prática pode ser também muito perigosa, principalmente no período do Carnaval. Quem está pensando em sair de casas com o intuito de beijar todo mundo que encontrar na frente, é melhor acalmar os ânimos. “Nos dias de festa tem que ter muito cuidado, porque chegam pessoas de vários lugares e você não sabe quem está beijando”, comenta a médica clínica Elaine Cunha.

Com algumas horas de festa, as pessoas ficam mais soltas, e no calor da música acabam fazendo coisas que depois podem se arrepender. Nenhum folião anda com um laudo médico na mão alegando doenças, por isso, todo cuidado é pouco na hora de escolher um parceiro ou parceira.

Elaine Cunha, que atua no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), alerta para as doenças que podem ser transmitidas pela troca de saliva. “A maioria das pessoas acham que apenas doenças como gengivite e cárie podem ser transmitidas pela boca, mas o número de patologias é bem grande”, conta.

Segundo a médica, meningite, mononucleose (conhecida como doença do beijo), todos os tipos de vírus e bactérias, HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), caso a pessoa tenha uma ferida na boca, e hepatite são algumas doenças que podem prejudicar a saúde. “Ainda não inventaram uma camisinha oral, por isso, é bom ficar ligado. Todo cuidado é pouco na hora de beijar na boca”, completa.

Com todas essas dicas, é bom controlar os impulsos sexuais e não sair beijando todo mundo, afinal, o Carnaval não precisa ser, apenas, na base do beijo, mas na base da alegria e curtição.

Do iBahia, por Elias Rezende

Fonte: Bahia Folia

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