Major Márcio Guimarães Martins estava desaparecido desde o dia do terremoto
Do R7, com a agência Brasil
O Exército brasileiro confirmou nesta quarta-feira (20) a morte do 18º militar brasileiro em serviço no Haiti: o major Márcio Guimarães Martins. Ele estava desaparecido desde a terça-feira da semana passada, quando o país foi sacudido pelo mais violento terremoto em 200 anos.
Em nota, o Exército disse que o major Guimarães servia na Brigada de Infantaria Paraquedista e desempenhava a função de oficial do Estado Maior do Batalhão de Infantaria da Força de Paz do Haiti (Brabatt).
As autoridades militares brasileiras no Haiti afirmaram nesta quarta-feira (20) que a segurança em Porto Príncipe está mantida e que o comando permanecerá com a Missão de Paz das Nações Unidas para a Estabilização do país (Minustah).
O comandante militar da missão da ONU, general Floriano Peixoto, disse que as dúvidas são infundadas e que as Nações Unidas continuam no comando das ações. Segundo ele, a autorização desta terça-feira (19), da ONU, para que a força militar possa ter 3.500 novos integrantes - sendo 2.000 militares e 1.500 policiais - está apenas em estudo pelo Estado Maior.
- Vou avaliar a necessidade. E posso sugerir, como prevenção, elevar parte do conteúdo militar ou não.
Peixoto comanda 7.000 homens de 17 nacionalidades que têm a função de manter a paz e a segurança no Haiti. O general brasileiro afirmou ainda que a ação americana será para distribuição da ajuda humanitária que começa a chegar em maior volume, tarefa que vai dividir com o Canadá.
O embaixador do Brasil no Haiti, Igor Kipman, disse que os bairros de Cité Soleil, Cité Militaire e Bel Air, considerados os mais violentos da capital, não estão nas mãos de gangues e que a vida nesses lugares segue como antes do terremoto.
Na mesma linha, o coronel João Batista Bernardes, comandante do batalhão brasileiro no Haiti, assegurou que a capital está sob o controle da Minustah e que a “pouca” violência que ocorre na cidade é esporádica e compreensível, devido à situação de penúria a que grande parte dos cerca de 3 milhões de habitantes de Porto Príncipe está exposta.
A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, insinuou, no começo da semana, que o seu país pode ampliar a atuação no Haiti não somente para distribuir ajuda humanitária. Para isso, bastaria um pedido do presidente haitiano, René Préval, como já foi feito no caso do aeroporto de Porto Príncipe, que é controlado pelos militares americanos.
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